terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Um celular com lanterna...

Roubaram meu celular... não, não foi agora, foi em 2005, simplesmente alguém pegou ele em cima da mesa sem eu ver e levou. Senti falta, era um dos poucos modelos ainda com IR (Infra vermelho) e que se conectava na boa com meu PALM, faziam uma ótima parceria e eu entrava na Internet com meu Palm, muito antes disso se tornar algo tão comum.
Não tinha muita grana então entrei na loja e pedi o mais barato e ele veio com uma coisa estranha, uma lampadinha, daquelas de lanterna mesmo, no cocuruto.
Peguei mesmo assim, mas não fui com a cara daquela lanterninha.
Meu Deus.... nunca uma lanterna me foi tão útil, quantas e quantas vezes me salvou durante a manutenção de um computador num canto escuro atrás de uma mesa, ou serviu pra achar algo perdido no chão do carro, até mesmo ajudou no socorro a um acidentado, foi a luz dessa lanterna que um sujeito foi socorrido por um médico que passava no lugar, fiquei lá segurando tentando fingir que não via aquele sangue todo.
Enfim... o celular que só tinha aquela lanterna foi muito mais útil do que eu podia imaginar, deviam colocar lanternas em todos.
Acabou ficando junto com tudo que uma ex me roubou descaradamente, espero que lhe seja útil como foi pra mim, embora acredite que ele jaz na mesma gaveta onde ela colocou tudo que sabia que me faria falta, por nem ter idéia de como se use.
Lembrei disso porque as vezes valorizamos muito aparelhos que prometem fazer tudo e não nos damos conta de que uma simples lampada pode nos salvar de uma enrascadas.
Ah... e claro que não posso esquecer um causo com uma outra lanterna.
Essa eu mesmo fiz, era uma simples lampada presa numa pilha com fios velhos, mas era a MINHA lanterna, que eu fiz sozinho e dormia com ela.
Bom... nesta época eu morava numa casa pequena e uma pessoa que é melhor eu não identificar pediu a minha mãe pra deixar a namorada dele morar lá por uns tempos, na verdade uma amante e uma namorada, mas eu era muito novo pra saber a diferença.
O fato é que ela se acostumou a dormir na minha cama... não comigo, claro, eu tinha que ir pra um sofá e deixar a perua lá.
E o tal cara que-não-posso-dizer-quem-é se acostumou a ir lá fazer uns carinhos nela, que eu também sempre fingi que não vi.
Mas um dia ela não estava e fui dormir na minha própria cama, com a lanterninha frankstein.
E não é que o sujeito chega - no escuro - e pensa que é a namorada (tá, a amante) deitada e vem cheio de desejos pra cima desse pobre escrevinhador.
A lanterna me salvou a vida...
Liguei e apontei pra minha cara.
Ufa! Salvo pelo gongo... quero dizer, pela luz.
Não desvalorizem jamais uma lanterna.

Um comentário:

  1. Olha...
    Você - melhor que ninguém - sabe que não ando rindo facilmente...mas agora, conseguiu me fazer rir!!
    Obrigada...

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